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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Algumas palavras...

            Prezados amigos,
                         
                             Há alguns dias atrás, sofri uma perda irreparável, minha irmã, pessoa que eu era muito ligado, uma mãe, amiga que sempre me ajudou muito, que sempre me deu a maior força no caminho que escolhi, infelizmente faleceu.
                            Algumas pessoas foram e são extremamente importantes para amenizar minha dor num momento que estava e estou muito sensibilizado, uma delas que me escorou e me ajuda de uma maneira dedicada e sensivelmente é  minha esposa, Eliane Brum Machado, que ao meu lado, foi um alento pra mim, mas outras situações também amenizam um pouco a dor que sinto.
                              Este projeto, Terra a dentro, tem me confortado e o carinho e a atenção que recebo das pessoas que se envolveram me dão força para retomar de novo minhas coisas ligadas a cultura da terra a qual dediquei e dedico toda minha existência até hoje.               
                                 Este Blog no qual estou escrevendo estas linhas foi feito por Juliana Spanevello  que agradeço aqui de coração a atenção e o carinho dispensado por ela, pois não sei lidar com estas coisas direito. Joca Martins, velho amigo, de longa data, alem de emprestar seu talento ao cd , também me ajudou e recuperar meus antigos estando junto nesta empreitada, Silvério Barcellos, também um amigo antigo, de novo está junto comigo, me ajudando e me fazendo costado, a eles meu muito obrigado mesmo de coração.
                                 Agora é que consigo falar de Indiático, composição em minha homenagem, concebida pelo Adriano Alves e por Joca Martins, nem sei descrever a emoção que senti naquele  momento em que fui apresentado a obra, e outro que ali estava era Luiz Marenco, amigo de fé, falo tudo isto, porque são coisas que me ajudam a suportar esta perda tão significativa pra mim.
                                 Este trabalho, Terra adentro, é meu quinto cd, nele há o amadurecimento folklórico ao qual sempre me dediquei, além da chacarera e do chamamé, o predomínio da milonga, ritmo que considero a oração do gaúcho e não o torna introspectivo, mas sim, fundamentalmente  gaúcho por essência, universal pela terra que carrega em seu canto, alegre pelo envolvimento sonoro e filosófico pelo argumento da identidade. 
                                     Neste momento difícil que ainda carrego pela perda de minha segunda mãe, só tenho a agradecer por estas pessoas que aqui  falei e a outras tantas que com sua atenção me ajudaram e me ajudam. Precisava dizer algo neste momento em que as emoções são avessas. Talvez não tenha dito tudo porque me faltam palavras, mas só posso agradecer, mil gracias a todos pelo carinho.

                                                       Xirú Antunes
                                                       Fevereiro/2012

2 comentários:

  1. Querido Xiru! Pessoas como tu, que falam com "alma", "coração", "simplicidade", "humildade", "verdade"... precisam ter sua obra, seus pensamentos divididos e esparramados pela internet! Esses pensamentos... são boas sementes que os amantes da cultura gaúcha precisam para disseminar a arte de "fundamento"! Essas coisas é que nos alimentam! Não agradeça, nós é que agradecemos! Te admiramos muito!!!

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  2. Xirú, sou admirador do teu trabalho. Há poucos dias também tivemos uma perda em família. Meu cunhado, único irmão de minha esposa também partiu. Fica um vazio que jamais poderá ser preenchido. Neste momento, resta-nos apenas a fé, para que a vida prossiga seu curso natural. "Aqueles que amamos não morrem jamais, apenas partem antes de nós". Saudações missioneiras.

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